Aos 42 anos, Fernando Alonso assegurou que ainda tem lenha para queimar após renovar com a Aston Martin, em acordo plurianual. O espanhol destacou que ponderou diversos fatores para tomar a “decisão certa”, neste que pode ser seu último contrato na Fórmula 1, como o próprio piloto admitiu.
Até semana passada, quando anunciou a permanência na Aston Martin, Alonso era um ativo importante no mercado de pilotos para a próxima temporada. O bicampeão mundial estaria na lista de Toto Wolff para substituir Lewis Hamilton, que irá à Ferrari a partir do ano que vem, e também seria o preferido de Christian Horner para ocupar o lugar de Sérgio Pérez na Red Bull.
Alonso indicou que o fato de estar próximo ao fim de sua carreira pesou na renovação, bem como o projeto que a Aston Martin possui. O time de Lawrence Stroll tem investido em infraestrutura, destaque para a nova fábrica em Silverstone, inaugurada em julho do último ano, além de trazer parceiros de alto calibre, como a Honda, que será fornecedora de motores a partir de 2026.
“Nunca é fácil tomar algumas decisões, especialmente agora, pois este é meu provável último contrato. Queria ter certeza de que isso seria o certo para continuar na Fórmula 1, além de ter a força e motivação para seguir nas pistas por mais alguns anos”, disse em entrevista coletiva às vésperas do GP da China.
"Agora é garantir que a equipe tenha metas ambiciosas e continuar melhorando cada vez mais nos próximos anos. Estou muito feliz com minha decisão, obviamente, estou orgulhoso de representar a Aston Martin”, prosseguiu.
Como tem sido praxe na Fórmula 1, o prazo para o novo acordo entre as partes não foi revelado, mas o bicampeão mundial deu a entender que estará no grid da categoria em 2026, quando a categoria terá um novo regulamento para carro e motor.
A expectativa é de que as novas regras possam reordenar as forças da Fórmula 1 ou equilibrar a disputa, pois a Red Bull tomou conta após 2022. Os taurinos se aproveitaram muito bem do regulamento, que trouxe de volta o conceito de efeito-solo. Em 48 corridas realizadas sob o atual regimento, a equipe de Milton Keynes venceu 41 vezes.
"Começamos a jornada no ano passado de uma maneira muito boa e continuamos trabalhando, então estou entusiasmado. Vamos ver o que podemos fazer. Os novos regulamentos em 2026 serão uma possibilidade para todos os carros se aproximarem e terem uma oportunidade”, declarou Alonso.
O espanhol já viveu um clima hostil com a Honda durante 2015 e 2017, período que os japoneses forneceram motores para a McLaren — onde Alonso competia. Dessa vez, o bicampeão mundial fez questão de elogiar o futuro parceiro da Aston Martin. Deste modo, os comandados de Lawrence Stroll terão o apoio de uma fábrica e deixará de ser equipe cliente da Mercedes.
"Estaremos com a Honda, seremos o único time com unidade de potência deles. É um pouco diferente de ser cliente, como agora com a Mercedes. Acredito que vamos melhorar”, pontuou.
Por fim, Alonso destacou outro parceiro do time, a Aramco, e ressaltou novamente o grande investimento feito em infraestrutura, como o novo túnel de vento da Aston Martin, que deverá ficar pronto para utilização entre julho e setembro deste ano.
"Também acho que com a Aramco, os biocombustíveis e a sustentabilidade que virá em 2026, temos mais oportunidades. A equipe está ficando cada vez melhor, com novas instalações, chegando o novo túnel de vento, então há muitas coisas em ordem para ser um time muito grande no futuro e quero fazer parte disso”, finalizou.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da China, em Xangai, e transmite sprint shootout, classificação e corridas em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Na sexta-feira (19), o treino livre está marcado para a 0h30 (de Brasília GMT-3). Depois, às 4h30, acontece a classificação da sprint. No sábado, a prova curta será meia-noite, com a classificação às 4h. No domingo, a largada está marcada para as 4h.