A Andretti firmou parceria com a General Motors para entrar na Fórmula 1 a partir de 2025 com a marca Cadillac e aumentar a força para receber um 'sim' da categoria, que ainda não deu uma resposta oficial. Helmut Marko, consultor da Red Bull, palpitou e deu uma sugestão à equipe americana: comprar a Alpine.
"Andretti deveria comprar a Alpine", disse ele ao canal Sport1. "Isso seria o melhor para todos. A Fórmula 1 manteria suas 10 equipes, Andretti poderia finalmente entrar e a Renault ainda estaria envolvida", continuou.
"Posso entender os problemas da Alpine. Não se trata apenas de desempenho do motor. Se você estiver muito atrás no desempenho, terá de fazer concessões com o acerto do carro para compensar a falta de velocidade nas retas – o que pode significar uma perda de tempo de até 0s3", explicou.
A Alpine passou por uma reestruturação grande antes do GP da Bélgica: o chefe de equipe, Otmar Szafnauer, e os diretores Alan Pérmane e Pat Fry foram demitidos por, segundo os franceses, falta de alinhamento. Em 2023, o time é instável e não chegou a resultados sólidos.
Recentemente, então, surgiu a discussão de equiparar motores para ajudar a Alpine. De acordo com fontes da publicação inglesa Autosport, o estudo do desempenho dos propulsores feito pela entidade máxima nesta primeira parte da temporada 2023 indicou que o motor Renault está entre 15 e 25 Kw (20 e 33 hp) abaixo dos rivais.
A Comissão de F1 se reuniu em Spa-Francorchamps para tomar decisões sobre o futuro do esporte. De acordo com a FIA, já tinha ficado acertado no início do atual ciclo de regulamento de motores que o congelamento poderia ser revisto a partir de 2023 para que as discrepâncias entre os fabricantes não se estendessem por um longo período. Só que o déficit dos franceses foi definido como "uma lacuna notável" pela entidade.
Assim, as equipes aprovaram o início dos trabalhos do Comitê Consultivo de Unidades de Potência, que ainda vai elaborar propostas de equalização.
Marko, no entanto, não se mostra tão favorável a ideia e pediu cautela. "Não fomos contra isso com a Renault – mas deve ser claramente demonstrado que a diferença de desempenho é significativa. Deve-se garantir que sejam tomadas medidas que não enfraqueçam o resto de nós", concluiu.