A Williams é uma das equipe mais tradicionais da Fórmula 1, mas tem passado por maus bocados em seus últimos anos na categoria. Presença constante no fundo do pelotão, e raramente chegando na zona de pontos, o time de Grove está voltando aos eixos após enfrentar uma crise financeira que quase resultou no fim da escuderia.
James Vowles, chefe da esquadra britânica, assumiu a função em 2023 - após deixar o cargo de diretor de estratégia na Mercedes - e logo percebeu alguns pontos fracos na Williams. O dirigente carrega em seu currículo uma vasta experiência adquirida junto à equipe octacampeã mundial, e, por isso, tenta repetir alguns métodos de trabalho na nova casa. No entanto, apesar de não haver uma resistência contra a nova metodologia, ele afirma que a maioria dos funcionários ainda não têm "olhos abertos para o que é excelência".
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
"Acho que a crença [na resistência] mudou depois que todos viram os resultados que alcançaram nos últimos anos. Não tenho certeza [se ainda há alguma desconfiança], mas tem algumas pessoas que não tiveram necessariamente seus olhos abertos para o que é excelência", reconheceu Vowles.
“Mas as coisas estão mudando, e é muito difícil quando você permanece neste mundo unido de onde você está, às vezes não tem a visão de como são as coisas lá fora, e acho que é mais o que estamos tendo aqui", seguiu.
James ainda falou sobre a dificuldade financeira enfrentada pela Williams. Graças a esse dilema, a equipe passou anos concentrada em permanecer ativa, e perdeu o foco no desenvolvimento. Devido a isso, o britânico acredita que vai levar alguns anos para o time de Grove se reestruturar e voltar a brigar pelas posições da frente no pelotão.
"Ela passou por tudo isso [problemas financeiros], mas é apenas uma sobrevivência em comparação com outras organizações que tiveram financiamento. Esse é o luxo que tive antes de ingressar aqui e, como resultado disso, você tem essas diferenças gritantes entre onde estamos hoje e onde precisamos estar no futuro", seguiu. "Portanto, é preciso de alguns anos para levar algumas das instalações ao nível adequado para nos permitir competir na frente. Não é um trabalho de seis ou doze meses", finalizou James.
Apesar das dificuldades, o décimo lugar alcançado por Alexander Albon no GP do Bahrein permitiu a Williams alcançar seu melhor início de temporada desde 2017. A próxima oportunidade que a esquadra liderada por Vowles tem de pontuar é no GP da Arábia Saudita, que acontece no dia 19 de março, em Jedá.