Alpine ainda se explica e justifica demissão de ex-chefe: "Não estávamos alinhados"
Bruno Famin, vice-presidente e chefe de equipe interino da Alpine, voltou a dar explicações sobre as demissões na alta cúpula esportiva da equipe
Já passou quase um mês desde que a Alpine anunciou, no começo do fim de semana do GP da Bélgica de Fórmula 1, uma segunda leva de demissões que incluía o chefe de equipe Otmar Szafnauer e o diretor-esportivo e funcionário de mais de 30 anos Alan Permane. Mas a companhia continua dando explicações sobre os motivos por ter tomado a decisão.
De acordo com Bruno Famin, que é vice-presidente da Alpine e assumiu o cargo de chefe de equipe interino — com a expectativa que a equipe oficialize em breve a chegada de Mattia Binotto como novo chefe —, reforçou que a demissão de Szafnauer não se deu pela perda da confiança nas habilidades do profissional. O motivo, segundo ele, foi bem mais pragmático: o ex-chefe e a cúpula diretiva da companhia pensavam coisas diferentes.
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"Ninguém está dizendo que Otmar Szafnauer não é bom. Otmar e Alan são pessoas muito experientes e eram ativos de verdade para o time. Sabemos perfeitamente disso, mas este tipo de desafio, com rivais muito duros, exige que todo mundo esteja 100% alinhado e trabalhando junto. Já não era esse o caso", afirmou.
"Nunca perdemos a confiança. Quando desenvolvemos este tipo de projeto, precisamos estar na mesma linha que a alta cúpula da equipe. Estávamos trabalhando juntos e, num momento, percebemos que já não estávamos alinhados em alguns tópicos", seguiu.
"A competição está muito dura e, se não estivermos 100% alinhados, todos temos experiência o bastante para saber que é inútil continuarmos juntos. Aí, todo mundo tem de aprender a seguir sua própria rota. Não acabamos com ninguém, apenas escolhemos uma rota diferente porque não estávamos alinhados", continuou.
"Quando digo que nunca perdi a confiança em Otmar, o motivo é que conheço as habilidades dele, sei de onde vem e, como com Alan, sei que são ótimos profissionais na F1, mas temos de
estar alinhados, e não estávamos", reforçou.
Apesar das mudanças, Famin garante que a meta de 100 corridas para brigar por pódios constantes em vitórias, apresentada em 2021 e que usa como ponto final a temporada 2024, continua válida.
"Mas não estamos onde esperávamos. Já mostramos que somos capazes de grandes mudanças e podemos seguir essas rotas também. Estamos trabalhando. Todo o pessoal em Enstone está nessa junto, e todos estão trabalhando duro para desenvolver o melhor carro possível. Temos de mudar muita coisa, desde o pensamento, o espírito geral, mas uma das coisas que veremos nessa avaliação", finalizou.
A Fórmula 1 retorna das férias nesta semana, entre os dias 25 e 27, com o GP da Holanda, em Zandvoort, 12ª etapa da temporada 2023. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.