Leclerc reclama de freios e critica carro da Ferrari: "Somos apenas passageiros"
Charles Leclerc revelou que precisou administrar freios desde início do GP de Singapura e avaliou que Ferrari não deve apresentar melhora até fim da temporada
Charles Leclerc deixou o GP de Singapura visivelmente frustrado com o sexto lugar. Depois de um fim de semana em que a Ferrari já esperava dificuldades, o monegasco enfrentou problemas nos freios desde o oitavo giro e admitiu que o ritmo simplesmente não foi suficiente para competir com as principais equipes.
O piloto da Ferrari explicou que precisou levantar o pé do acelerador antes das frenagens em praticamente todas as curvas para tentar aliviar o sistema. Marina Bay é uma pista que já exige cuidado extremo com os freios, mas, segundo ele, a SF-25 apresentou desequilíbrio de temperatura entre os discos, o que agravou o problema.
“Desde a oitava volta foi só trabalho de gerenciamento dos freios. Todos precisam cuidar um pouco disso em uma pista como essa, mas estávamos piores que os outros, e isso tornou tudo extremamente complicado. Nossa corrida foi realmente difícil”, contou Leclerc.
As dificuldades impediram Leclerc de brigar no pelotão dianteiro. O monegasco acabou ultrapassado por Andrea Kimi Antonelli e cedeu posição a Lewis Hamilton, que mais tarde seria punido por exceder os limites de pista. O sexto lugar foi o máximo possível diante das limitações da Ferrari.

“Infelizmente, não temos o carro para lutar com os da frente. McLaren manteve a mesma vantagem sobre nós desde o início do ano. Red Bull deu um passo à frente desde Monza e agora está no mesmo nível da McLaren, Mercedes também chegou lá. Depois, viemos nós. No momento, parece que somos passageiros do carro e não conseguimos extrair muito mais”, lamentou.
Leclerc reconheceu que o restante da temporada tende a seguir o mesmo padrão. A escuderia italiana não tem novas atualizações previstas e segue como único time entre os grandes sem vitórias em corridas principais em 2025 — o único triunfo foi na sprint da China.
Mesmo assim, o monegasco afirmou que mantém a motivação intacta, ainda que o cenário atual seja decepcionante para quem esperava brigar pelo título.
“Não acho que teremos nada de especial. A imagem que vimos neste fim de semana é a que vai nos acompanhar até o fim do ano”, admitiu.
“Sempre que você não luta por vitórias, é difícil. Vindo de um ano como o passado, em que disputamos o Mundial de Construtores, e agora sem ver progresso algum, é duro. Mas isso não me desmotiva — pelo contrário, me dá mais vontade de tentar mudar a situação”, concluiu.
A Fórmula 1 retorna de 17 a 19 de outubro, em Austin, palco do GP dos Estados Unidos.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2